Entendo a lógica daqueles que votaram na proposta da continuação. Votaram por que entenderam que o acordo de apenas negociar não segura o piso salarial, motivo maior da nossa greve. No entanto, lembrando o meu artigo GREVE É UM JOGO DE ESTRATéGIAS, o principal é a última coisa a ser negociada.
Aquilo que conquistamos na greve até aqui, como unidade na categoria, força, demonstração de que com unidade podemos enfrentar uma justiça de jurisprudência parcial e uma imprensa amordaçada, que podemos derrotar um governo neolibaral e truculento. O respeito nas ruas e nas escolas, não podemos perder. O sentimento não pode parar. (Ops, não sou vascaíno). No entanto, ter que negociar representa muito mais uma derrota para o governo que avanço para nós.
O nosso avanço vai estar na habilidade que nossos representantes terão na mesa de negociação. Por isso o movimento não pode parar. Temos que acompanhar cada passo dessa negociação.
Esse blogueiro, dentro das suas limitações, vai partilhar o vai acontecer.
Votei pela suspensão da greve não por confiar no governo. Hoje em dia, como diz minha mãe, não se pode confiar nem na roupa que se está vestindo. Não votei por causa daqueles que começaram a furar a greve. Não votei por que está ficando pesado para o sindicato. Votei por estratégia. Mais pela estratégia que pelo texto em si.
Respeito todos aqueles que emitiram opinião contraria a minha. Entendo a lógica. Temores de que a negociação pode levar a nada existe. Mas dentro do contexto, a suspensão me pareceu o melhor caminho.
Agora é fazer o movimento sempre se movimentar. Acompanhar. A campanha pela implantação do piso que começou em 2007, quando ainda sequer tínhamos a lei, continua, até a vitória.
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