sexta-feira, 19 de agosto de 2011
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
MAIS ATO PUBLICO EM BH
Cecilia Kruel - Estado de Minas
Publicação: 18/08/2011 12:39 Atualização: 18/08/2011 13:57
O Sindicato dos Metalúrgicos de Minas Gerais lançou a campanha salarial 2011 com ato públicoem frente à sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) |
Professores da rede estadual de ensino, sindicatos e movimentos sociais promovem uma manifestação no início da tarde desta quinta-feira na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. Participam do ato o Sindicato Nacional dos Professores Docentes Universitários (ANDES-SN), Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTSTC), Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), além de outras entidades estudantis e de trabalhadores.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) afirma que o objetivo é passar para a sociedade as reivindicações dos trabalhadores. “A proposta é dialogar com as pessoas que transitam pelo local, mostrando a elas que Minas Gerais não paga o Piso Federal', afirma nota divulgada pelo sindicato.
Em greve desde o dia 8 de junho, os professores pedem o cumprimento da Lei Federal 11.738, que institui o piso salarial profissional nacional (vencimento básico) de R$ 1.597,87, para 24 horas semanais, nível médio de escolaridade. Segundo o Sind-UTE, o piso salarial da categoria em Minas é de R$ 369. O governo do estado instituiu em janeiro deste ano o pagamento dos servidores por subsídio (Lei Estadual nº 18.975/2010), feito em parcela única e que incorpora todas as gratificações e vantagens.
O governo já começou a contratação dos 3 mil professores temporários, anunciada em 8 de agosto. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), 2.502 vagas já foram preenchidas. Segundo a secretaria, os professores contratados atenderão especificamente o último ano do Ensino Médio para não prejudicar os resultados dos alunos nos vestibulares e no Nacional do Ensino Médio (Enem).
Metalúrgicos
O Sindicato dos Metalúrgicos de Minas Gerais lançou nesta quinta-feira a campanha salarial 2011 com ato público realizado no final da manhã, em frente à sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), no Centro da capital. Com o slogan “Se o Brasil cresceu, eu quero o meu”, os sindicatos pretendem expor a disparidade entre as boas notícias sobre crescimento econômico e as más condições de trabalho e renda com as quais sofre o operariado industrial.
Os metalúrgicos reivindicam 20% de aumento dos salários, liberdade para eleição de delegados sindicais nas fábricas, redução da jornada de trabalho para de 40 h para 36 h, sem redução de salários e direitos e sem banco de horas e ainda a melhoria das condições de saúde e segurança nas linhas de produção.
Segundo Giba Gomes, dirigente da Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FSDTM), a mobilização se faz necessária em razão dos baixos salários e, principalmente, da política do Governo Federal de aumentar os juros bancários, como forma de amortecimento da inflação. De acordo com Giba, essa medida gera a deterioração do orçamento das famílias, que aumentam o seu endividamento e, consequentemente, perdem em qualidade de vida.
Em seguida, os metalúrgicos caminharam até a Praça Sete, no Centro da capital, onde se uniram à campanha "Jornada Nacional de Lutas" junto com professores, estudantes, funcionários públicos e moradores de ocupações urbanas.
DEPUTADOS COBRAM NEGOCIAÇÃO DO GOVERNO
Deputados pedem ao governo que negocie com movimento grevista
Os deputados petistas da oposição ao governo de Minas, Rogério Correia e Paulo Lamac, juntamente com os da situação, Sebastião Costa (PPS) e Bosco (PT do B) se reuniram com a Secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola, nesta quarta-feira, 17/08, na Cidade Administrativa do Estado. A comissão de deputados pediu a flexibilidade do governo para a abertura de uma negociação definitiva com os professores em greve há mais de dois meses.
O deputado Rogério Correia está preocupado com o comprometimento do ano letivo dos alunos da rede estadual de ensino caso o governo não entre em acordo com o movimento grevista já que se a greve terminasse hoje, a reposição dos 40 dias letivos só seria concluída na metade do mês de janeiro. “Estamos disponíveis para conversar com o governador; é preciso que o governo pondere a sua decisão, pois os professores já demonstraram flexibilização para negociar”, disse Correia.
Nesta quarta-feira, 17/08, às 19h, no Ministério Público Estadual, está marcada uma reunião dos parlamentares da oposição com o Procurador Dr. Alceu Torres, com a finalidade de buscar apoio para o fim do impasse da greve, bem como apresentar denúncia sobre o novo acordo de Acionistas da Cemig, entre outros assuntos.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
PISTAS PRÁTICAS PARA CUIDAR DA TERRA
Pistas práticas para cuidar da Terra (I)
Dois princípios são fundamentais na superação da atual crise pela qual passa o planeta Terra: a sustentabilidade e o cuidado.
A sustentabilidade,assentada na razão analítica, tem a ver com tudo o que é necessário para garantir a vida e sua reprodução para as atuais e as futuras gerações.
O cuidado, fundado na razão sensível e cordial refere-se aos comportamentos e às relações para com as pessoas e para com a natureza, marcadas pelo respeito à alteridade, pela amorosidade, pela cooperação, pela responsabilidade e pela renúncia a toda espécie de agressividade.
Articulando estes dois princípios poderemos devolver equiíbrio e vitalidade à Terra. Oferecemos algumas sugestões práticas no sentido de cada um fazer a sua revolução molecular (Guatarri): aquela que começa pela própria pessoa, base para a grande virada de todo o sistema. Eis algumas:
Alimente sempre a convicção e a esperança de que outra relação para com a Terra é possível, mais em harmonia com seus ciclos e respeitando os seus limites.
Acredite que a crise ecológica não precisa se transformar numa tragédia, mas numa oportunidade de mudança para um outro tipo de sociedade mais respeitadora e includente.
Dê centralidade ao coração, à sensibilidade, ao afeto, à compaixão e ao amor pois são estas dimensões que nos mobilizam para salvar a Mãe Terra e seus ecossistemas.
Reconheça que a Terra é viva mas finita, semelhante a uma nave espacial, com recursos escassos e limitados.
Resgate o princípio da re-ligação: todos os seres, especialmente, os vivos, são interdependentes, e por isso têm um destino comum. Devem conviver fraternalmente entre si.
Valorize a biodiversidade e cada ser vivo ou inerte, pois tem valor em si mesmo independentemente do uso humano.
Reconheça as virtualidades contidas no pequeno e no que vem de baixo, pois aí podem estar contidas soluções globais.
Quando não encontrar uma solução, confie na imaginação criativa, pois ela esconde em si respostas surpreendentes.
Tome a sério o fato de que para os problemas da Terra não há apenas uma solução, mas muitas que devem surgir do diálogo, das trocas e das complementariedades entre todos.
Exercite o pensamento lateral, quer dizer, coloque-se no lugar do outro e tente ver com os olhos dele. Assim verá dimensões diferentes e complementares da realidade.
Respeite as diferenças culturais (cultura camponesa, urbana, negra, indígena, masculina, feminina etc), pois todas elas mostram formas diversas de sermos humanos.
Supere o pensamento único do saber dominante e valorize os saberes cotidianos, do povo, dos indígenas e dos camponeses porque corroboram na busca de soluções globais.
Cobre que as práticas científicas sejam submetidas a critérios éticos a fim de que as conquistas beneficiam mais à vida e à humanidade que ao mercado e ao lucro.
Não deixe de valorizar a contribuição das mulheres porque são portadoras naturais da lógica do complexidade e são mais sensíveis a tudo o que tem a ver com a vida.
Faça um opção consciente por uma vida de simplicidade que se contrapõe ao consumismo. Pode-se viver melhor com menos, dando mais importância ao ser que ao ter e ao aparecer.
Cultive os valores intagíveis quer dizer, aqueles bens relacionados à espiritualidade, à gratuidade, à solidariedade, à cooperação e à beleza como os encontros pessoais, as trocas de experiências, o cultivo das artes especialmente da música.
Mais que parte do problema, considere-se parte de sua solução.
Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha). Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso frente à miséria e à marginalização com o discurso da fé cristã, gênese da conhecida Teologia da Libertação.