quinta-feira, 1 de setembro de 2011

COM A PALAVRA, LEONARDO BOFF





Queridos colegas professoras e professores,
Estou estarrecido face à insensibilidade do Governador Anastasia face a uma greve dos professores e professoras por tanto tempo.
Ele precisa ser inimigo de sua própria humanidade para fazer isso.
Ele não ama as crianças, não respeita seus pais, despreza uma classe de trabalhadores e trabalhadoras das mais dignas da sociedade, aquelas pessoas a quem nós confiamos nossos filhos e filhas para que recebam
educação e aprendam a respeitar os outros e a acatar as autoridades que foram eleitas para cuidar dos cidadãos.
Essa intolerância mostra falta de coração e de compaixão no sentido mais nobre desta virtude que é sentir a necessidade do outro, colocar-se ao seu lado para aliviar seu padecimento e resgatar a justiça mínima de um salário necessário para a vida.
Recordo as palavras da revelação consignadas no livro do Eclesiástico capitulo 34 versículo 27:”Derrama sangue, quem priva o assalariado de seu salário". Não queremos um governador que aceita derramar sangue
por não querer ceder nada aos professores e professoras que pedem o que é minimamente certo e justo.
Quero me solidarizar com todos vocês e apoiar as revindicações que estão formulando.
Com meus melhores votos e também preces diante dAquele que sempre escuta o grito dos oprimidos e injustiçados.
Leonardo Boff
Teólogo e escritor

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O PISO NACIONAL EM DEBATE NO SENADO

Colhido de um comentário no jornal o tempo em 29/ 08/ 2011.

Flávio
Araxá
Na pauta, projeto que estende a professores mesmo reajuste de senadores Projeto dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) que estende ao Piso Salarial Profissional Nacional dos Professores o mesmo reajuste concedido anualmente aos senadores está agendado para exame na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) na próxima terça-feira (30). A relatora, senadora Ana Rita (PT-ES), apresentou substitutivo ao projeto (PLS 325/2010), com solução que considera mais compatível com a capacidade financeira de estados e municípios. Pela proposta da relatora, além do reajuste já previsto em lei com base na variação do valor mínimo anual por aluno, investimento a cargo de estados e municípios, o piso dos salários dos professores da rede pública da educação básica deve incorporar um adicional de um quarto do percentual do aumento obtido pelos senadores em 2011, de 61,78%. Esse acréscimo seria mantido até o piso corresponder ao dobro do valor real que tinha em 2009, de R$ 950,00. Sem considerar a inflação, seria elevar o piso até que chegasse a R$ 1.900,00. O projeto original associa duas regras: concede aos professores o já previsto percentual de aumento do valor mínimo por aluno, mas prevalecendo, se maior, o reajuste concedido no mesmo período aos senadores. Equiparação ao Supremo A proposta de Cristovam e Simon surgiu logo após o Congresso aprovar, em dezembro do ano passado, lei que equiparou os salários de senadores, deputados, ministros de estado, vice-presidente e presidente da Republica aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Os autores justificaram à época que a extensão aos professores seria uma "mínima demonstração de interesse do Senado com a educação e com a própria credibilidade". Destacaram que havia uma desigualdade substancial entre o que se pagava a um parlamentar e aos professores, com consequências consideradas desastrosas para o futuro do país. Em seu relatório, Ana Rita afirma que a valorização dos profissionais da educação, principalmente dos professores da educação básica, não somente preocupa como "atormenta a consciência de todos os parlamentares". Considerou ainda que não haverá qualidade na educação enquanto professores, pela baixa remuneração, "forem obrigados a múltiplas jornadas de trabalho e a duplos empregos". Mas ressalvou que o projeto, principalmente no que se refere a reajuste imediato de 61,78%, seria de difícil absorção, "de um só golpe", pelos orçamentos estaduais e municipais em 2011. Até porque, conforme sua análise, não seria coerente comparar o volume de despesas exigido por 81 senadores com o montante necessário para o aumento dos salários de até 2 milhões de professores. Se aprovado na CE, o projeto seguirá depois para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativa . Fonte: Agência Senado, 26/08/2011

CONTRA O ANASTASIAMENTO DA TV MINAS.

Aula pela tv é mais uma lorota do governo. Não se faz um programa aos moldes do telecurso de uma hora para outra. Se não tem dinheiro para pagar o piso, quanto custará cada programa de TV, com a Regina Casé?
São contradições sobre contradições que nem o povo, nem a justiça, nem a imprensa e tal pouco os deputados da base aliada questionam. Veja o posicionamento do nosso Sindicato e dos pais no link abaixo
Sindicato e pais criticam reforço para alunos da rede estadual pela TV | Gerais: Estado de Minas

BEATRIZ CERQUEIRA REBATE GOVERNADOR


"MG vai virar um novo país", diz diretora do Sind-UTE sobre pronunciamento

Beatriz Cerqueira rebateu o anúncio do governador de Minas, que afirmou que a decisão do STF não mudará plano de pagamento


O pronunciamento do governador Antonio Anastasia (PSDB) realizado na manhã desta segunda-feira (29) desagradou o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (Sind-UTE). Os professores planejam fazer uma manifestação na terça-feira na Praça Sete, ainda sem horário definido.

"Minas Gerais vai virar um novo país? Única forma para ignorar uma decisão do Superior Tribunal Federal (STF), né?!", afirmou a diretora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira sobre o não cumprimento da decisão do STF.

Ela reforçou que o Governo insiste em considerar remuneração global, incluindo subsídios, no cálculo do piso salarial, quando deveria ser contabilizado apenas o vencimento básico. "Isso é uma lei federal", completou.

A diretora questionou também os números de Anastasia. "É uma tática dele falar que apenas 1,6% das escolas estão paralisadas. Ao todo, 50% dos professores estaduais de Minas cruzam os braços há 83 dias", disse.

Sobre a substituição dos professores, Beatriz foi enfática. "Um terapeuta dando aula de Biologia, um estudante dando aula de Matemática. É isso que está acontecendo no Estado. Se o governador acha que isso não vai prejudicar a formação do aluno...".

Nesta segunda-feira, está prevista a entrega à Organização Internacional do Trabalho (OIT) de um relatório sobre como está a educação em Minas e as condições de trabalho dos educadores. Na quarta-feira, será realizada uma assembleia estadual para definir novos rumos da greve.

ANASTASIARAM A PROGRAMAÇÃO DA TV

Parafraseando o velho Lobão. Eu leio o Estado de Minas e blá, blá, blá... blá, blá, blá o nastá nos odeia...
Link para a falácia do Anastasia:
Governo anuncia aulas de reforço para alunos da rede estadual que farão Enem | Gerais: Estado de Minas

.:: O TEMPO online :: Expectativa de fim da greve ::.

O STF determinou que os Estados paguem o piso nacional de R$ 1.187,97 aos profissionais da educação básica com carga horária de 40 horas semanais, em cumprimento à lei 11.738/2008. Além disso, o Supremo descartou como forma de pagamento o sistema de subsídio, que incorpora ao salário os benefícios e gratificações conquistados ao longo do tempo.

.:: O TEMPO online :: Expectativa de fim da greve ::.