NOTA DO BLOG: Reproduzimos na íntegra o texto postando em seu perfil de Gladson Reis por representar a linha editorial do nosso blog
FOTO: Moises Silva/ O Tempo |
Racismo? Não me acostumo jamais!
São tempos difíceis, querem
desunir o povo Brasileiro, querem destruir qualquer sentimento de união
nacional, querem que pobres briguem com pobres enquanto interesses obscuros
destroem a nação brasileira.
A presença de Jair Bolsonaro na
Universidade FUMEC no dia 15 de Setembro de 2017, durante a Palestra FUMEC
Pensando o Brasil, evidenciou que a presença desse senhor em ambientes
Universitários é um risco para a Democracia.
Pois este utiliza covardemente de sua Imunidade parlamentar, quer dizer, imunidade material para incitar o ódio entre os próprios brasileiros, legitimar um discurso de que mulheres devem se sentir vulneráveis e se manterem submissas em todos os espaços sociais, de que nós negros devemos temer a todo momento, pois pela logica desse discurso negro tem direitos sim, desde que separados dos cidadão de pele clara.
Esse discurso moralista, de
combate à liberdade de orientação sexual não vem para unir e sim para destruir
famílias e fazer com que praticas de isolamento social e falta de apoio familiar
e social, joguem milhares de jovens LGBTS em um limbo de vulnerabilidades, pois
ambientes dominados pelo conservadorismo não unem, não acolhem, somente
desagregam.
Os ânimos estiveram exaltados
entre ambos os lados, mas não dá para comparar a destilação de ódio gratuito
promovida por Bolsonaro, ao ato de protesto realizado por jovens contrários a
campanha de separação social e nacional defendida por extremistas de Direita.
Tentaram intimidar mulheres negras, zombaram e debocharam de gays,mas já diria Brecht
"Do rio que tudo arrasta se diz violentas, mas não dizem violentas as
margens que o comprimem". Observemos que mesmo que pré-matura a
resistência e repúdio às ideias de Bolsonaro, serviram para afirmar que o
discurso de ódio será combatido, que margens serão rompidas.
Durante a confusão, evitamos que
um jovem branco de classe média alta sofresse um lixamento na porta da
Universidade, pois este proferia uma série de discursos racistas como
"Preto é lixo" , "Gays são AIDS", " Volta pra Africa",
" Pretinhos da Senzala". Sim, evitamos algo que poderia ter sido uma
tragédia, mesmo com raiva não esquecemos que negros também conhecem e respeitam
as leis desse país, pois somos todos brasileiros. O fim da escravidão e a
legislação antirracista, foram conquistadas duramente por gerações que nos
antecederam, houve derramamento de sangue para que nossos direitos fossem
proclamados e não será com intimidações que eles serão retirados.
Nós, estudantes da FUMEC demos
voz de prisão a uma pessoa suspeita de racismo e a PMMG atendeu a solicitação,
pois até os Policiais negros que estavam trabalhando se indignaram ao observar
tamanha burrice. Fica o recado, assim será com todos e todas aqueles que se
atreverem a violar o Estado Democratico de Direito e desrespeitarem a Constituição
e a vontade legítima do povo Brasileiro dentro do ambiente acadêmico ou fora
dele.
Mesmo garantindo a condução desse
jovem suspeito de praticar racismo, me senti muito triste, pois ele parecia
estar feliz ao entrar no camburão, sorria como se nada tivesse acontecido, pois
se trata de um provocador, que sabia o que estava acontecendo e que utilizou
dessa conduta para tentar incentivar outros jovens a repeti-la.
FOTO: Flavio Tavares /Hoje em Dia |
Caminharemos em defesa do Estado
Democratico de Direito, me recuso a apoiar qualquer ação que viole princípios
constitucionais, e afirmo que a sociedade não pode ter medo em enfrentar
pensamentos proto-fascista. Vamos juntos impedir que o ódio divida nossa nação.
O Brasil pertence aos que trabalham, lutam e sonham com uma nação forte, desenvolvida
com paz e progresso social para todos e todas.
Viva o povo Brasileiro e nossas
conquistas democráticas !