Em poucas palavras tentarei resumir o que foi a nossa Assembleia do Sind-UTE, ocorrida nessa quinta-feira, feriado do padroeiro aqui em Mutum.
Não foi fácil, na condição de coordenador paroquial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), sair da Paróquia justamente na festa do padroeiro. Mas fomos mais uma vez lá, ônibus e topic lotados para BH, no local de sempre. E já voltamos. Por isso estou agora aqui, às três da manhã, fazendo esse relato para aqueles que acessarem meu blog pela manhã, tenha um resumo.
O sindicato relatou o que ocorreu na comissão paritária que foi sabotada segunda-feira pelo governador. Pelo menos três propostas foram apresentadas pelo governo. Todas elas tinham como base uma nova estruturação de carreira e não uma tabela salarial consistente que implantasse o PISO SALARIAL, principal motivo de nossa greve.
Então, segunda-feira, dia 14, veio a sacanagem do governo. Enquanto representantes do governo apresentavam a famigerada NOVA POLITICA REMUNERATORIA para a comissão, o governo já dava publicidade a ela, pela imprensa. O sindicato se retirou da comissão mediante o desrespeito do governo.
Ainda terça-feira houve mais uma reunião. O sindicato fez os questionamentos e o governo nada disse.
Entendo que a comissão fez o seu papel. Quem foi desrespeitado em síntese foi as representantes do governo que se deu a fazer o papel de palhaças.
O tal subsídio proposto pelo governo provém da Reforma administrativa feita em 1998. Espírito Santo, Alagoas, Acre e Mato Grosso remunera nossa categoria por subsídios.
O subsídio na verdade é um teto. Sobre todos os valores na tabela (acesse o o site do sindicato www.sindutemg.org.br) vão haver descontos de rotina. Estamos perdendo quinquênios e biênios, além do pó de giz. Na contramão da história, está havendo aumento da jornada de trabalho. Ao longo do tempo teremos perdas significativas uma vez que no subsídio, pela proposta do governo, o acesso a cada grau aumentará 2,5% e não mais 3%, e a cada nível (de 5 em 5 anos) teremos aumento de 06% a 10% e não mais 22%. Não tem data base e nem o reajuste.
Estratégias do sindicato. Acompanhar agora a tramitação na Assembleia Legislativa, na terça-feira, dia 22, a partir das 09:00 horas. Paralisação terça-feira e quarta-feira.
Para 2011 a gente vai negociar com quem for governador em 2011.
Sobre os 05 pontos aprovados na Assembleia, transcrevo o post do Euler Conrado.
1) não mexer na estrutura da carreira. (Nível I para ensino médio, nível II para licenciatura curta, nível III para licenciatura plena, etc. Manter o percentual de 22% para mudança de nível e de 3% para mudança de grau. Pela proposta do governo, o nível I começaria com a licenciatura plena, a mudança de nível teria o percentual de 10% apenas e a de grau apenas 2,5%);
2) dizer não ao aumento da jornada de trabalho, com a manutenção da atual jornada de 24 horas. (Neste ponto em particular eu concordo com a proposta do governo, podem me xingar o tanto que vocês quiserem. Acho boa a proposta das 30 horas semanais, sendo 20 horas em sala de aula, cinco na escola e cinco extraclasse. Mas, desde que seja opcional, e mantida a jornada de 24 horas, inclusive em concurso público. Aliás tem um monte de gente, especialmente quem tem um cargo apenas, que concorda comigo. Mas, tem muita gente que discorda. Como as propostas foram votadas em bloco, eu votei a favor do conjunto de propostas, pois esta não é uma questão de princípio para mim);
3) garantir reajuste anual acima da inflação. (Na minha avaliação talvez este seja o principal ponto. Eles falaram numa data base. Na minha opinião dever-se-ia seguir o que diz a lei do piso em relação à data: reajuste obrigatório todo mês de janeiro de cada ano);
4) aumento salarial ainda em 2010 e não em março de 2011. (Eis outro ponto importantíssimo. Se não conseguir para este ano, que se amarre em lei pelo menos para janeiro de 2011. Mas, devemos lutar até o último momento para que se apliquem as novas tabelas ainda em 2010);
5) a manutenção das gratificações conquistadas ao longo do tempo (quinquênios e biênios. Na minha opinião, é fundamental garantir pelo menos os quinquenios dos mais antigos e também assegurar o posicionamento dos servidores respeitando a combinação de tempo com titularidade).
IMPRENSA: Como previa, a imprensa cita rejeição do acordo e dá publicidade a fala real do sindicato. veja: uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/06/17/noticia_minas,i=164709/PROFESSORES+NAO+ACEITAM+PROPOSTA+DO+GOVERNO+DE+MINAS.shtml
OUTRAS ESTRATEGIAS: CAMPANHA POR 100.00 FILIADOS. JÁ SOMOS 70.00.
LUTA CONTRA A CERTIFICAÇÃO.
E AQUI PARA NÓS, CRIAÇÃO DA SUBSEDE EM MUTUM-MG.
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