quarta-feira, 28 de julho de 2010

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GREVE E SEU CONTEXTO


Temos vivido dias em que nossas férias de meio de ano foram furtadas pela truculência do Governo que demorou negociar o que era facilmente negociável. Estamos repondo as aulas mais por respeito a nossos alunos, pois, poderíamos muito bem terminar esse ano letivo em março de 2011, e o ano próximo ano letivo em março de 2012, etc...

Nós, Trabalhadores da Educação na educação pública do Estado de Minas Gerais estamos pagando um preço muito alto por duas situações atípicas, a saber:

a) A alta votação de Aécio Neves em 2002, dando a ele uma ampla base de sustentação na Assembleia Legislativa, deu a ele poderes de tirano, implantando o neoliberalismo em Minas Gerais. Já era sabido que Aécio era do mesmo grupo político de Azeredo. É bom lembrar o que foi a educação na Era Azeredo.

b) Até recentemente nosso sindicato era medroso, desacreditado e inoperante. Agora temos um sindicato combativo, forte e bem articulado.

E assim chegamos em 2010 em uma condição retratada pelo ditado popular “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”. Corremos para a greve e o bicho tentou nos pegar. Vencemos os três poderes (judiciário, executivo e legislativo), se tivéssemos ficado na nossa, resignados feito fantoches na mão do Governo, teríamos sido engolidos pela demagogia eleitoreira da propaganda enganosa sobre o mísero aumento de maio.

A greve desmascarou o aparato de alienação desse estado. Caiu a máscara da mídia, do judiciário e dos deputados populistas e alienados pelo governo.

Em Mutum, mostramos nossa unidade enquanto categoria, com respeito às opiniões divergentes. Estamos na eminência de consolidar uma subsede do sindicato em Mutum. Está faltando é tempo para articular. Se conseguirmos a subsede é um passo importante para, no futuro, pleitearmos uma Superintendência. É sonho que, unidos, podemos torná-lo realidade.

Ainda temos muito a conquistar. A luta pela nossa dignidade em todos os sentidos continua.

Vai ser preciso buscar na justiça o nosso reposicionamento, O Piso Salarial ainda não foi conquistado plenamente. O aumento conquistado é somente em janeiro, etc...

Temos que nos manter unidos, firmes na luta e fazer o melhor que pudermos, para nós mesmos e para a sociedade.

Fraternalmente, um abraço

Cláudio

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