sexta-feira, 6 de maio de 2011

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SEXTA-FEIRA, 6 DE MAIO DE 2011
A lendária história do acordo entre PT, PSDB e PSB em 2008

Já entrou para o rol das lendárias histórias da política mineira. Ademir Lucas teria sido "deixado de lado" por Aécio em troca dos votos de Contagem na convenção do PT que aprovou o "acordão" entre PSDB, PT e PSB visando as eleições de BH em 2008?


Elleiano Luz
politicadasgerais@gmail.com


Tem gente do PT mineiro roendo as unhas quando ouve o nome da prefeita Marília Campos, de Contagem. A vinda do ex-ministro José Dirceu a BH e o tipo de recado que deu, provocou reminiscências de uma história mal explicada. “Vocês, no passado, quiseram a aliança com o PSDB e o PSB. Agora, que o povo aprovou dizem não”, bradou Dirceu. Petistas mineiros retrucaram abertamente pela imprensa o que adiantamos: "ele não apita nada em Minas".

As amargas lembranças de 2008 vieram à tona e uma pergunta: como se deu a aprovação do acordo com PSB que envolvia o PSDB, principal rival do PT a nível federal?

Pelo voto de dois delegados do PT de Contagem. E (pasmem) um veio do principal assessor de Marília Campos na época, que ainda está com ela, e outro do próprio marido dela, o famoso Prata. Chegou-se a falar em separação. Boatos. Os dois se casaram na igreja com padre e tudo. Nova interrogação: os dois votos foram dados de graça? Tem gente que garante que não e mais, diz que valeu a cabeça de Ademir Lucas.

Ora, mas que estranha triangulação? O que tem a ver uma coisa com a outra? PSDB e PT fazendo acordo? Ora, era só mais um.

Ademir era o principal adversário à reeleição de Marília em 2008. A prefeita estava bem com o eleitorado, tinha R$ 400 milhões em obras do PAC e tudo mais. Só que, levando-se em consideração o comportamento do eleitor contagense isto não é parâmetro para nada. Fora que sua equipe de marketing era horrível e ainda o é. Era preciso garantir a vitória.

Ademir Lucas, como provou nas eleições de 2010 com mais de 27 mil votos, sempre teve força eleitoral em Contagem. Era preciso garantir a vitória. Daí, dizem, o “acórdão” de BH veio a calhar. Certo ou não o negócio é que o pessedebista ficou a ver navios no que quesito arrecadação para campanha. Todos sabem o peso que um governador tem nesta na hora. Com receio de fiscais da Receita Estadual à sua porta, o empresariado querem saber para que time torce o ocupante do Palácio, melhor dizendo, do Centro Administrativo. Hélio Costa que o diga!!!

Ademir não conseguiu recursos e sem dinheiro não se faz uma boa campanha. Ele chegou a passar constrangimento público com manifestações às portas de seu comitê na Av. João César de Oliveira. Na época cogitou-se que um comitê ligado a Marília Campos o ajudou pagando suas pendências. É que os manifestantes atrapalhavam o trânsito na principal avenida da cidade.

Outra coisa notória foi a tímida participação de Aécio na campanha pessedebista de uma das maiores cidades mineiras. As imagens falam por si. Na TV o então governador Aécio apareceu duas vezes falando rapidamente de Ademir, debaixo de chuva, com imagens pouco iluminadas. Nas ruas, ali no ralo, pegando no "batente", vestindo a camisa... Nada.

Assim, entrou para o lendário político mineiro. Aécio teria trocado a certeza de ter um grupo seu à frente do polpudo orçamento da PBH pela cadeira de prefeito do Palácio Primeiro de Janeiro. Troca justa, se é que foi assim mesmo.

100 ANOS DE CONTAGEM

Pouca gente sabe, e parece que a prefeitura não faz nada para que saibam, mas Contagem comemora cem anos no dia 31 de Agosto. A PBH já nos deu exemplo vigoroso de marketing quando dos seus cem anos. Não disse que a equipe de marketing de Contagem la é ruim. Só da presidência da Comissão dos Cem Anos de Contagem já caíram mais de quatro e até o momento não existe um projeto plausível. E mais, se tem verba e de onde vem ninguém sabe.

Será que teremos festas por lá? Shows de artistas famosos? Jair Rodrigues, por exemplo? Eventos culturais? Com a palavra a prefeitura.

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