Posto esse texto pelo fato dele traduzir tudo que eu penso.
Aécio Neves perdeu em Minas Gerais
13/10/2012 17:21, Por Blog do Miro
Por Altamiro Borges
Concluída a apuração do primeiro turno, a mídia demotucana foi obrigada a confessar que as forças de direita saíram derrotadas das urnas – com o PSDB e o DEM perdendo votos, prefeitos e vereadores, na comparação com 2008. A única exceção, afirmaram certos “calunistas”, teria sido o senador mineiro Aécio Neves. Ele teria “humilhado” Lula e Dilma no pleito de Belo Horizonte. A reeleição de Marcio Lacerda, que nem é do PSDB – mas sim um tucano infiltrado no PSB –, mostraria a vitalidade do presidenciável tucano.
Concluída a apuração do primeiro turno, a mídia demotucana foi obrigada a confessar que as forças de direita saíram derrotadas das urnas – com o PSDB e o DEM perdendo votos, prefeitos e vereadores, na comparação com 2008. A única exceção, afirmaram certos “calunistas”, teria sido o senador mineiro Aécio Neves. Ele teria “humilhado” Lula e Dilma no pleito de Belo Horizonte. A reeleição de Marcio Lacerda, que nem é do PSDB – mas sim um tucano infiltrado no PSB –, mostraria a vitalidade do presidenciável tucano.
Um estudo mais detido das eleições em Minas Gerais, porém, mostra que não é bem assim. Aécio Neves continua cambaleante – no sentido político do termo. O PSDB perdeu força no estado. Como aponta Fabiano Angélico, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, a eleição demonstrou que “o aecismo está declínio”. Das dez maiores cidades mineiras, que concentram 30% da população e 45% do PIB do estado, o tucanato foi vitorioso apenas na capital e na cidade de Betim, na região metropolitana. No restante, o PSDB encolheu!
Derrota nas dez maiores cidades
“E nem mesmo será preciso esperar o segundo turno para se dimensionar o poder do PSDB e dos seus aliados nas maiores cidades do estado: eles estão fora das quatro disputas que ocorrerão no final deste mês”, aponta Fabiano. Na comparação com 2008, o resultado foi catastrófico para Aécio Neves. “A partir de 2013, os aecistas governarão 2,7 milhões de pessoas, novamente considerando-se as dez maiores cidades de Minas; enquanto os não aecistas administrarão cidades que somam uma população de 3,2 milhões”.
Em 2008, o PSDB e os seus aliados venceram as eleições em quatro das dez maiores cidades – Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora e Ribeirão das Neves. Agora, apenas em duas. Já o PT elegeu no primeiro turno os prefeitos de Uberlândia, Ipatinga, Ribeirão das Neves e Governador Valadares; e ainda participa do segundo turno em Contagem (numa disputa com o PCdoB), Juiz de Fora (contra o PMDB) e Montes Claros (contra o PRB) – todos partidos da base de apoio do governo Dilma. Em Uberaba, a disputa se dará entre PMDB e PSB.
Belo Horizonte demarca os campos
Como afirma o deputado estadual Rogério Correia (PT), “será difícil emplacar a visão aecista da vitória tucana. Haja verba publicitária”. No computo geral, as forças de esquerda cresceram em Minas Gerais, com destaque para o PT. A sigla elegeu 114 prefeitos, somou 2,4 milhões de votos (aumento de 21,28% em relação a 2008) e ampliou em 23,5% o número de vereadores – de 659 para 814. Mesmo na disputa em Belo Horizonte, as forças de esquerda foram derrotadas eleitoralmente, mas garantem que obtiveram uma vitória política.
Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), “a eleição na capital serviu para acabar com uma confusão que reinava na política mineira e causava grandes danos. Ela demarcou os campos políticos e encerrou o ciclo do ‘Lulécio’ e da ‘Dilmasia’ – resultado das alianças no passado entre Lula/Aécio e Dilma/Anastasia. Agora a oposição volta a ter fisionomia própria e mais força em Minas Gerais, o que será importante para a batalha presidencial de 2014 e também para a sucessão no governo estadual”.
O discurso de Patrus Ananias
No seu discurso após a conclusão da apuração, o ex-ministro Patrus Ananias – que entrou na disputa na última hora, depois do fim da aliança petista com o prefeito Marcio Lacerda – bateu na mesma tecla. “Eu quero dizer que, na vida pública, as vitórias políticas nem sempre se confundem, ou se encontram, com as vitórias eleitorais. Nós tivemos uma grande vitória política”. Ele destacou a conquista da unidade interna no PT e formação de um bloco de centro-esquerda na eleição para a prefeitura da capital mineira.
“Demarcamos um campo: a partir de agora, Belo Horizonte e Minas Gerais, porque tivemos também vitórias importantes no estado, terão uma oposição forte. Beagá e Minas não pertencem a ninguém. Vamos disputar, democraticamente, nossas concepções contra o campo conservador. É o campo democrático popular, é o campo de centro-esquerda, contra as forças do atraso e do neoliberalismo. Foi uma vitória política, além dos reencontros e das novas amizades novas. É uma vitória da nossa querida e bela militância”.
Ressaca na terra natal
Uma curiosidade das eleições em Minas Gerais, que comprova o declínio do aecismo, é que o cambaleante presidenciável tucano não conseguiu vencer nem em São João Del Rei – terra natal de sua família e de seu avô, Tancredo Neves. Pela primeira vez na história, a cidade a 180 quilômetros da capital será administrada pelo PT. O professor Helvécio Luiz Reis obteve 56,39% dos votos válidos, contra 39,94% obtidos pelo peemedebista Nivaldo Andrade, que tentava a reeleição com o apoio entusiástico de Aécio Neves.
Outra curiosidade é que em Uberaba, a 475 quilômetros da capital, Aécio Neves traiu o seu próprio partido e apoiou outro infiltrado do PSB, Antonio Lerin. Neste caso, o golpe não deu certo e o candidato aecista perdeu a eleição. Ele teve 20,89% dos votos e o vencedor foi o ruralista Paulo Piau (PMDB), com 31,71%. O PSDB local, que lançou Fahim Sawan, até tentou conter a traição de Aécio. Ingressou a Justiça Eleitoral para proibi-lo de aparecer nos programas de tevê. Mas o senador obteve liminar e consumou o golpe – mas não conseguiu eleger o seu candidato. Perdeu política e eleitoralmente!
Derrota nas dez maiores cidades
“E nem mesmo será preciso esperar o segundo turno para se dimensionar o poder do PSDB e dos seus aliados nas maiores cidades do estado: eles estão fora das quatro disputas que ocorrerão no final deste mês”, aponta Fabiano. Na comparação com 2008, o resultado foi catastrófico para Aécio Neves. “A partir de 2013, os aecistas governarão 2,7 milhões de pessoas, novamente considerando-se as dez maiores cidades de Minas; enquanto os não aecistas administrarão cidades que somam uma população de 3,2 milhões”.
Em 2008, o PSDB e os seus aliados venceram as eleições em quatro das dez maiores cidades – Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora e Ribeirão das Neves. Agora, apenas em duas. Já o PT elegeu no primeiro turno os prefeitos de Uberlândia, Ipatinga, Ribeirão das Neves e Governador Valadares; e ainda participa do segundo turno em Contagem (numa disputa com o PCdoB), Juiz de Fora (contra o PMDB) e Montes Claros (contra o PRB) – todos partidos da base de apoio do governo Dilma. Em Uberaba, a disputa se dará entre PMDB e PSB.
Belo Horizonte demarca os campos
Como afirma o deputado estadual Rogério Correia (PT), “será difícil emplacar a visão aecista da vitória tucana. Haja verba publicitária”. No computo geral, as forças de esquerda cresceram em Minas Gerais, com destaque para o PT. A sigla elegeu 114 prefeitos, somou 2,4 milhões de votos (aumento de 21,28% em relação a 2008) e ampliou em 23,5% o número de vereadores – de 659 para 814. Mesmo na disputa em Belo Horizonte, as forças de esquerda foram derrotadas eleitoralmente, mas garantem que obtiveram uma vitória política.
Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), “a eleição na capital serviu para acabar com uma confusão que reinava na política mineira e causava grandes danos. Ela demarcou os campos políticos e encerrou o ciclo do ‘Lulécio’ e da ‘Dilmasia’ – resultado das alianças no passado entre Lula/Aécio e Dilma/Anastasia. Agora a oposição volta a ter fisionomia própria e mais força em Minas Gerais, o que será importante para a batalha presidencial de 2014 e também para a sucessão no governo estadual”.
O discurso de Patrus Ananias
No seu discurso após a conclusão da apuração, o ex-ministro Patrus Ananias – que entrou na disputa na última hora, depois do fim da aliança petista com o prefeito Marcio Lacerda – bateu na mesma tecla. “Eu quero dizer que, na vida pública, as vitórias políticas nem sempre se confundem, ou se encontram, com as vitórias eleitorais. Nós tivemos uma grande vitória política”. Ele destacou a conquista da unidade interna no PT e formação de um bloco de centro-esquerda na eleição para a prefeitura da capital mineira.
“Demarcamos um campo: a partir de agora, Belo Horizonte e Minas Gerais, porque tivemos também vitórias importantes no estado, terão uma oposição forte. Beagá e Minas não pertencem a ninguém. Vamos disputar, democraticamente, nossas concepções contra o campo conservador. É o campo democrático popular, é o campo de centro-esquerda, contra as forças do atraso e do neoliberalismo. Foi uma vitória política, além dos reencontros e das novas amizades novas. É uma vitória da nossa querida e bela militância”.
Ressaca na terra natal
Uma curiosidade das eleições em Minas Gerais, que comprova o declínio do aecismo, é que o cambaleante presidenciável tucano não conseguiu vencer nem em São João Del Rei – terra natal de sua família e de seu avô, Tancredo Neves. Pela primeira vez na história, a cidade a 180 quilômetros da capital será administrada pelo PT. O professor Helvécio Luiz Reis obteve 56,39% dos votos válidos, contra 39,94% obtidos pelo peemedebista Nivaldo Andrade, que tentava a reeleição com o apoio entusiástico de Aécio Neves.
Outra curiosidade é que em Uberaba, a 475 quilômetros da capital, Aécio Neves traiu o seu próprio partido e apoiou outro infiltrado do PSB, Antonio Lerin. Neste caso, o golpe não deu certo e o candidato aecista perdeu a eleição. Ele teve 20,89% dos votos e o vencedor foi o ruralista Paulo Piau (PMDB), com 31,71%. O PSDB local, que lançou Fahim Sawan, até tentou conter a traição de Aécio. Ingressou a Justiça Eleitoral para proibi-lo de aparecer nos programas de tevê. Mas o senador obteve liminar e consumou o golpe – mas não conseguiu eleger o seu candidato. Perdeu política e eleitoralmente!
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