NOTA DO BLOG: A boa iniciativa de criar a Política Nacional de Agricultura Urbana vem de encontro com a questão da cidade em Mutum, vem de encontro ao que ainda não foi criado e é bandeira a ser erguida, agora que a gente está tentando voltar à luta. O conselho da cidade.
Estamos crescendo enquanto cidade, hoje mesmo estava anunciando o novo loteamento, Esplanada, entre o parque de exposições e a Vila Noberto.
Já temos o Terra Nova e vem aí o Terra Nova II, Jardim da Ponte, Recanto dos Pássaros, Vila Fênix são lugares ainda a serem ocupados urbanamente.
Mutum tem demanda para tanto? Apesar da "elasticidade da urbanização" teremos áreas para se cultivar ou criar animais, dentro de certas regras a serem elaboradas pela Política Nacional de Agricultura Urbana, que certamente terá sua versão municipal.
Então a iniciativa do Deputado Federal Padre João (PT-MG) de considerável votação em nosso município vem de encontro a essa realidade que se desenha no horizonte. Leia o artigo do Jornal do Brasil que posto na íntegra:
Tramita
na Câmara o projeto de Lei 906/15, do deputado Padre João
(PT-MG), que cria a Política Nacional de Agricultura Urbana e estabelece ações
que devem ser empreendidas pelo governo federal, em articulação com os estados
e municípios.
Pelo
texto, a agricultura urbana é definida como a atividade agrícola e pecuária
desenvolvida nos limites da cidade e integrada ao sistema ecológico e econômico urbano,
destinada à produção de alimentos e de outros bens para o consumo próprio ou
para a comercialização em pequena escala.
Entre as
ações previstas no projeto estão:- o apoio aos municípios na definição de áreas
aptas ao desenvolvimento de agricultura urbana comunitária e individual;- a
viabilidade de aquisição de produtos da agricultura urbana para os
programas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); e- a definição de linhas
especiais de crédito para agricultores urbanos e suas organizações, visando ao
investimento na produção, no processamento e na estrutura de comercialização.
O texto
determina que a agricultura urbana esteja prevista nos institutos jurídicos,
tributários e financeiros do município, especialmente nos planos diretores ou
nas diretrizes gerais de uso e ocupação do solo urbano, com o objetivo de
abranger aspectos de interesse local e garantir as funções sociais da
propriedade e da cidade.
A proposta exige ainda que a política nacional de agricultura urbana seja planejada e executada de forma descentralizada e integrada às políticas sociais e de desenvolvimento urbano, e implementada mediante a cooperação entre a União, os estados e os municípios.
O projeto
estabelece ainda que a agricultura urbana atenda às exigências estabelecidas
nas legislações sanitária e ambiental pertinentes às fases de produção,
processamento e comercialização de alimentos.
Entre os
objetivos previstos da política nacional de agricultura urbana estão:- ampliar
a segurança alimentar e nutricional das populações urbanas vulneráveis;-
propiciar a ocupação de espaços urbanos ociosos;- gerar alternativa de renda e
de atividade ocupacional à população urbana;- articular a produção de alimentos
nas cidades com os programas institucionais de alimentação em escolas, creches,
hospitais, asilos, restaurantes populares, estabelecimentos penais e outros.
O
deputado Padre João explica que a agricultura urbana envolve a agricultura
intraurbana, aquela desenvolvida no interior das cidades, e a agricultura
periurbana, feita nas periferias.
“A
importância crescente da agricultura urbana no mundo contemporâneo torna
necessárias políticas públicas de âmbito nacional para seu fortalecimento e
organização”, diz o autor da proposta.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
FONTE: JORNAL DO BRASIL
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