DA SÉRIE: OBSERVAÇÕES DE RUDÁ
O golpe de Temer abriu as portas do descaso do mundo político ao razoável. Foi ao extremo do realismo político. Na verdade, o ultrapassou, criando um mundo paralelo, como o de Alice. De certo modo, retorna ao infantilismo da paralógica.
O golpe de Temer abriu as portas do descaso do mundo político ao razoável. Foi ao extremo do realismo político. Na verdade, o ultrapassou, criando um mundo paralelo, como o de Alice. De certo modo, retorna ao infantilismo da paralógica.
A decisão do prefeito Márcio Lacerda de apunhalar seu pupilo
não tem paralelo na história política do país. A política oficial brasileira é
recheada de idiossincrasias de tipo imperial. Mas nada se aproxima do nonsense
de Lacerda, aquele que projetou viadutos, que pensou em vender ruas, que
proibiu o uso coletivo de espaços públicos, que proibiu a capital dos botecos
de cantar. Lacerda é um caso a ser analisado, estudo a ser oferecido à
posteridade. Estamos falando de um Nero contemporâneo, um Calígula bem
sucedido.
Paulo Brant, seu ungido, saiu de sua cabeça e vontade. A
convenção formalizou sua candidatura. O candidato se desincompatibizou da
Cenibra e exatamente no momento em que se despedia dos colegas de trabalho
soube, não por Lacerda, mas por emissários, que o imperador o havia abandonado.
Como um capricho das estrelas.
Lacerda teria feito um acordo com o silencioso Aécio Neves,
o recordista de delações recentes. O senador Antônio Anastasia teria sido o
mediador.
O requinte de crueldade é único. Brant foi convidado pelo
prefeito de BH para se filiar ao seu partido durante o velório de seu irmão, o
compositor Fernando Brant, em 2015.
Não parece ter sido coincidência. O prefeito enterrou mais
um Brant.
NOTÍCIA DE REFERÊNCIA: O TEMPO.
FONTE: https://www.facebook.com/ruda.ricci?fref=ts
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